Violência obstétrica na percepção das puérperas usuárias do serviço de saúde
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Data
2023Orientador
Autor
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O estudo abordou o tema violência obstétrica no contexto da assistência ao parto no Brasil, focando a percepção das mulheres que passaram pelo processo de parto. Houve destaque para a evolução da prática de cuidado ao longo da história, observando como essa prática ancestral se desenvolveu e se adaptou às mudanças sociais, considerando a relevância das mulheres na assistência ao parto ao longo dos tempos e como a violência obstétrica revelou-se um problema contemporâneo na assistência ao parto no Brasil e no mundo. Os objetivos do estudo foram delineados com ênfase na compreensão da percepção das mulheres sobre a violência obstétrica e na distinção entre intervenções necessárias e violações de direitos. Trata-se de um estudo descritivo de abordagem qualitativa, envolvendo duas etapas: uma revisão da literatura para embasar a pesquisa e a coleta de dados junto às puérperas que utilizaram os serviços de saúde pública e que tiveram gestações de baixo e médio risco, realizado na Maternidade Cidinha Bonini do Hospital Electro Bonini, em Ribeirão Preto, São Paulo. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário previamente validado por uma banca avaliadora. Os resultados indicaram a falta de informações adequadas durante o pré-natal, com muitas mulheres desconhecendo aspectos importantes relacionados ao parto; número significativo relatou ter sofrido violência obstétrica, embora algumas não reconhecessem essas experiências como tal. A falta de familiaridade com o termo "violência obstétrica" destacou a necessidade de maior conscientização sobre o tema; houve discrepância entre as preferências das mulheres em relação à via de parto e o tipo de parto efetivamente realizado, com uma prevalência de cesarianas não desejadas. Além disso, a maioria das mulheres que afirmaram ter sofrido violência obstétrica desconhecia o termo para descrever suas experiências, ressaltando a importância da conscientização. Conclui-se que a violência obstétrica foi identificada como um problema que pode ter sérias consequências para as mulheres, afetando sua experiência de parto e o vínculo com o recém-nascido. A falta de informação adequada foi destacada como um fator que contribui para a perpetuação desse problema. Foram enfatizadas a importância da humanização do parto, do empoderamento das mulheres e da capacitação das equipes de saúde para identificar e prevenir a violência obstétrica. Ademais, destacou-se a necessidade de recursos tecnológicos que reforcem a informação como uma forma eficaz de combater a violência obstétrica e promover partos respeitosos e seguros.