Avaliação da expressão de beta-defensina 3 em lesões de leucoplasia oral por meio de imuno-histoquímica e correlação com o grau de displasia epitelial
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O diagnóstico precoce das lesões malignas da cavidade oral relaciona-se diretamente ao prognóstico do tratamento, bem como à qualidade de vida dos pacientes. Estudos recentes têm demonstrado que o carcinoma espinocelular, assim como as desordens orais potencialmente malignas (DOPM), apresentam aumento da expressão de algumas proteínas, consideradas, atualmente, como marcadores da carcinogênese oral, podendo ser utilizadas como fatores de diagnóstico precoce. Dentre estas proteínas, cita-se a beta-defensina 3 (HBD3), que apresenta sua expressão aumentada em lesões leucoplásicas com displasia epitelial. Porém, sua incidência e sua participação nas DOPM e lesões malignas da cavidade oral não está totalmente caracterizada. Desta forma, este estudo teve como objetivo determinar a expressão da HBD3 em lesões de leucoplasia da cavidade oral, correlacionando-se esta expressão com níveis de displasia tecidual. Foram analisadas 16 amostras de lesões de leucoplasia oral, provenientes do
Laboratório de Patologia Bucal da Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Obtiveram-se novas secções histológicas dos casos selecionados, que foram submetidas à coloração em hematoxilina e eosina e à análise da expressão de HBD3 por meio de imuno-histoquímica. Após os protocolos, analisaram-se as amostras em microscópio óptico, obtendo-se fotomicrografias, nas quais foram analisados 10 campos por amostra. Considerou-se a distribuição da expressão de HBD-3 nos diferentes estratos epiteliais, bem como a presença e gravidade de displasia tecidual. Como controle negativo e positivo, utilizaram-se amostras de hiperplasia gengival e carcinoma espinocelular, respectivamente, as quais foram submetidas aos mesmos procedimentos. Para avaliar a correlação entre ambos os fatores, realizou-se o teste estatístico Qui-quadrado, considerando-se o nível de significância de 5%. Dos casos avaliados, a incidência de lesões foi uniforme para os gêneros feminino e masculino. Os pacientes apresentaram média
de idade de 57 anos, com variação entre 39 e 73 anos de idade. Observou-se maior expressão de HBD3 para os casos de leucoplasia oral quando comparados com o controle negativo. Também foi observada correlação positiva entre a expressão de HBD3 nos estratos epiteliais mais superiores (escamoso, granuloso e córneo) e a presença e gravidade de displasia nas amostras de leucoplasia oral. Dessa forma, conclui-se que a HBD3 pode ser utilizada como um possível marcador da carcinogênese em lesões malignas e DOPM, colaborando para seu diagnóstico precoce e melhor prognóstico.