| dc.description.abstract | A mortalidade materna, infantil e neonatal constitui-se importante problema de saúde pública em países como o Brasil. Estudos apontam que a maioria dessas mortes são evitáveis utilizando-se tecnologias simples e de baixo custo, como a assistência adequada ao pré-natal. No acompanhamento da gestante é indispensável a avaliação precoce e permanente dos riscos gravídicos, considerando que eles afetam diretamente o desfecho da gravidez e do recém-nascido. Atualmente há poucos estudos abordando a gestação de baixo risco com fatores de riscos gravídicos associados, mostrando-se pertinente o propósito desta pesquisa de analisar a associação dos riscos gravídicos com a morbidade e mortalidade neonatal em uma maternidade de baixo risco. Trata-se de um estudo observacional de coorte retrospectivo, de abordagem quantitativa, utilizando-se informações sobre o pré-natal, parto e pós-parto de 935 puérperas e dos seus recém-nascidos, durante 9 meses, por meio da análise dos respectivos prontuários. Para verificar a associação dos riscos gravídicos com a morbimortalidade neonatal foi estimado o risco relativo quanto às implicações neonatais das gestantes, com e sem risco gravídico. As implicações neonatais que apresentaram risco relativo aumentado quando as genitoras possuíam risco gravídico foram a prematuridade com RR de 2,49 (IC 95%: 1,15;5,43), as infecções neonatais com RR de 5,09 (IC 95%: 1,83;14,16) e as internações na Unidade de Cuidados Intermediários com RR de 1,84 (IC 95%: 1,14;2,97). Compreendendo que mesmo as gestações de baixo risco apresentam complicações inesperadas e desfechos neonatais ruins, é importante a identificação dos fatores de riscos gravídicos relacionados com a morbimortalidade neonatal em uma maternidade de baixo risco a fim de facilitar o planejamento de estratégias para a melhoria na qualidade do acompanhamento pré-natal e do atendimento ao parto e ao RN. | |
