Conselho local de saúde: um espaço para educação não formal em saúde
Abstract
A participação social no desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (SUS) é uma diretriz homologada pelas Leis 8080/90 e 8142/90, trazendo a representação social para o âmbito das políticas de saúde, efetivamente, de forma deliberativa. Essa participação social traz à luz a discussão como a gestão do conhecimento deve ser feita, de maneira formal ou informal. A gestão do conhecimento no âmbito do SUS é desenvolvida por políticas de saúde que compreende a Política Nacional de Humanização, Política de Educação Permanente e Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade; sendo que as duas políticas são voltadas para trabalhadores da saúde e gestores, enquanto o programa mobiliza o micro espaço de trabalhadores, gestores e usuários do SUS. Nesse contexto, esse trabalho teve como objetivo analisar a concepção da educação num Conselho Local de Saúde e seu papel educador perante a comunidade em que representa, na perspectiva dos membros. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, de caráter descritivoanalítico, que utilizou a entrevista semiestruturada como instrumento de coleta de dados. A entrevista constituiu-se na identificação do sujeito e questões que abordam seu entendimento sobre sua atuação no Conselho Local de Saúde (CLS). A amostra foi composta por 07 membros efetivos do CLS de uma Unidade Básica de Saúde, localizada em Ribeirão Preto/SP. O estudo revelou que o CLS é entendido como um espaço para disseminar o conhecimento no sentido de apropriar-se da educação, em sua concepção de educação não formal. O membro do CLS passa a ser educador com características de mediador do conhecimento, diante do indivíduo que os procura para adquirir o saber e, ao mesmo tempo, é o sujeito de sua própria formação, utilizando a transferência de informação com vistas à ocorrência do processo de ensino-aprendizagem por meio da linguagem verbal, informal, no cotidiano de trabalho da unidade de saúde, utilizando suas características humanas como resultado das relações homem e sociedade, pois quando o homem transforma o meio na busca de atender suas necessidades básicas, ele transforma-se a si mesmo e passam a construir uma base que garanta o desenvolvimento de ações de saúde para a comunidade onde o CLS atue.