dc.description.abstract | O aumento da população e a crescente geração de resíduos devido aos novos hábitos de consumo social têm contribuído para que os pesquisadores se preocupem com a degradação do meio ambiente cada vez mais marcante, em decorrência ao desenvolvimento industrial e crescimento populacional. Nos laboratórios de análises clínicas onde, a evolução das técnicas utilizadas no diagnóstico e acompanhamento terapêutico acaba contribuindo para o acumulo de resíduos biológicos e químicos, o grande volume gerado pode favorecer o descarte de forma irregular o que leva a contaminação de águas e solo. O presente trabalho teve como objetivo a caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos líquidos, de natureza química e biológica, provenientes dos exames clínicos realizados em um Laboratório de Análises Clínicas (LAC) da cidade de Birigui - SP. Para análise qualitativa o levantamento de dados foi realizado através da utilização de instrumentos como questionários aplicados aos funcionários do laboratório, e para analise quantitativa utilizou-se análises físico-químicas e bacteriológicas dos resíduos líquidos gerados nas áreas do LAC. Os Laboratórios de Análises Clínicas são grandes consumidores de materiais químicos perigosos, sendo tóxicos, reativos, carcinogênicos e irritantes, devendo possuir normas de biossegurança rígidas para proteção individual, coletiva e ambiental na utilização destes produtos. Considerando-se os mais de cinco mil Laboratórios de Análises Clínicas em funcionamento no Brasil, tem-se uma problemática em relação ao manejo e descarte dos resíduos gerados no meio ambiente, o tratamento biológico é indicado como forma mais adequada, no entanto há a necessidade de um tratamento químico prévio do resíduo, para adequação dos demais parâmetros na legislação vigente antes do descarte na rede coletora de esgoto. O valor obtido pelas análises realizadas na relação DQO/DBO foi de 1,62 mg/L e geração média de 177 litros de resíduos químicos líquidos por mês, sendo sua com composição diferente a cada mês, devido à variação na solicitação de exames. Apesar de indicar o tratamento biológico como forma mais adequada há a necessidade de um tratamento químico prévio do resíduo, para adequação dos demais parâmetros na legislação vigente para descarte na rede coletora de esgoto. | |