dc.description.abstract | O aumento populacional aliado à produção e consumo excessivo de bens, faz gerar resíduos que se tornam cada vez mais visíveis e prejudiciais ao meio ambiente. É fundamental que a noção de preservação ambiental seja trabalhada desde a tenra idade, sendo complementada e aperfeiçoada na escola, pois enfatiza o seu papel em relação à formação de cidadãos críticos e proativos, no sentido de resgatar valores e levar adiante o respeito à vida, tendo em vista a cooperação mútua. A Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei nº 12.305/10, permitiu um grande avanço ao país proporcionando diretrizes para enfrentar os problemas ambientais, sociais e econômicos oriundos do manejo inadequado dos resíduos sólidos. Uma das suas propostas é reduzir os resíduos sólidos, incentivar, de modo a incentivar a coleta seletiva, a reciclagem e mudanças de comportamento relacionadas à preservação do meio ambiente. A Educação Ambiental inclusiva torna-se efetiva quando compartilhada indistintamente com todos os públicos das instituições de ensino. Para um aluno autista não é fácil aprender, em termos teóricos, sobre estas questões. O brinquedo pedagógico constitui um importante recurso para o desenvolvimento de novas habilidades, pois elas poderão aprender brincando. A pesquisa, de cunho qualitativo embasou-se teoricamente na revisão bibliográfica, foi realizada na unidade da APAE, situada em Goiânia-GO e teve como objetivo central a criação de um brinquedo pedagógico para os alunos autistas de 6 a 30 anos para estimular o processo de aprendizagem da coleta seletiva dos resíduos sólidos. Foi aplicada uma entrevista dirigida aos profissionais da unidade estudada com a finalidade de analisar a percepção que eles têm sobre a prática da educação ambiental. Os resultados da pesquisa permitiram concluir que a APAE de Goiânia necessita se adequar para promover a educação ambiental, pois as atividades desenvolvidas ainda são incipientes. Para os entrevistados, existem vários desafios que dificultam a implementação da prática ambiental e um deles é a falta de recursos pedagógicos que auxilie o aluno autista. Todos os entrevistados concordaram que através dos brinquedos as crianças autistas serão estimuladas a aprenderem conteúdos relacionados aos resíduos sólidos e coleta seletiva. Ficou evidente que a APAE de Goiânia precisa se adequar e criar condições para a socialização desses alunos e para a formação de indivíduos com valores sociais, conhecimentos, habilidades e atitudes voltadas para a consciência do ambiente em que vivem. O brinquedo pedagógico, criado por meio deste projeto, foi confeccionado na madeira pinus. A caixa possui vinte e sete cubos, dispostos em três fileiras e cada uma tem nove divisões com a identificação das classes dos resíduos sólidos acima de cada bloco de cores. Ao brincar com os cubos e visualizar as cores, o aluno autista será estimulado a aprender sobre resíduos sólidos e coleta seletiva, demonstrando com isso que é possível a prática da Educação Ambiental de forma inclusiva e cidadã. O estudo sinalizou a necessidade de incorporar uma nova dimensão ao processo educacional da instituição, possibilitando discussões sobre as questões ambientais e as consequentes transformações de conhecimento, valores e atitudes diante de uma nova realidade que poderá ser construída na instituição. O brinquedo pedagógico foi projetado em conformidade com as normas exigidas e apresenta uma inovação no meio educacional por estar direcionado para a temática ambiental. | |